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JUSTINE

Por: | 12:46 Deixe um comentário

Os olhares se encontraram.

E junto com eles, o desejo que sentiam se tornava quase palpável.

Justine ansiava pelo toque, pelo encontro, pelo abraço, enfim, pelo prazer que só aqueles braços lhe proporcionavam.

Sua pele fervia pela simples possibilidade de ser tocada novamente.

O desejo crescia assustadoramente e junto com ele, seu corpo começava a falar.

Um calor gélido lhe subia pelas pernas. Um fogo incontrolável tomava conta de seu púbis.

O prazer lhe escorria como um rio que corre ao encontro do mar.

Precisava ser tocada, precisava que ele nadasse em seu rio.

O desejo se tornava incontrolável e a sua excitação era intensa.

Sua respiração se tornara mais difícil e seus suspiros eram assustadoramente fortes. Seus sentidos estavam muito mais aguçados e tudo estava sendo de uma tantricidade impar.

Lentamente, foi sentindo a seda que lhe cobria o corpo, ser retirada, seus seios se contraiam numa excitação forte e prazerosa, e o rio que emanava de seu corpo encharcara totalmente suas pernas. Espremia gemidos extasiados e ansiava por mais.

Totalmente despida, Justine podia sentir a energia que havia entre os corpos. Como num piscar de olhos suas mãos encontravam-se totalmente imobilizadas e seu corpo à mercê de outras mãos.

Já não enxergava mais nada, uma venda lhe cobria os olhos e com isso abria uma possibilidade imensa de sensações. Justine então podia sentir algo gelado percorrendo seu corpo. O cubo de gelo derretia instantaneamente ao simples toque em sua pele. Fogo, desejo, paixão, excitação, prazer, urros, gritos, êxtase.

Um misto de sensações tomava conta de seu corpo e ela só pensava em mais, precisava de mais, queria mais. Então quando tudo parecia calmo, Justine pode sentir o que mais queria: Haviam mergulhado em seu rio. E de pronto, o rio tragou tudo que entrara nele.

Ela não conseguia descrever o que sentia e nem tinha a necessidade disso. Não conseguia pensar em mais nada a não ser; MAIS.

Seu corpo estremecia, seus seios poderiam perfurar qualquer coisa e seu púbis estava em chamas. Não tinha mais o domínio sobre o corpo. Aliás, não tivera em qualquer momento naquela tarde.

Gostava disso, gostava de se sentir impotente, gostava de estar à mercê, gostava de ser um objeto. E sabia, que mesmo submissa, também era mestre naquela relação.

Um sorriso surgiu em seu rosto, e então, deixou-se adormecer.

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