Os olhares se encontraram.
E junto com eles, o desejo que sentiam se tornava quase
palpável.
Justine ansiava pelo toque, pelo encontro, pelo abraço,
enfim, pelo prazer que só aqueles braços lhe proporcionavam.
Sua pele fervia pela simples possibilidade de ser tocada
novamente.
O desejo crescia assustadoramente e junto com ele, seu corpo
começava a falar.
Um calor gélido lhe subia pelas pernas. Um fogo
incontrolável tomava conta de seu púbis.
O prazer lhe escorria como um rio que corre ao encontro do
mar.
Precisava ser tocada, precisava que ele nadasse em seu rio.
O desejo se tornava incontrolável e a sua excitação era
intensa.
Sua respiração se tornara mais difícil e seus suspiros eram
assustadoramente fortes. Seus sentidos estavam muito mais aguçados e tudo
estava sendo de uma tantricidade impar.
Lentamente, foi sentindo a seda que lhe cobria o corpo, ser
retirada, seus seios se contraiam numa excitação forte e prazerosa, e o rio que
emanava de seu corpo encharcara totalmente suas pernas. Espremia gemidos
extasiados e ansiava por mais.
Totalmente despida, Justine podia sentir a energia que havia
entre os corpos. Como num piscar de olhos suas mãos encontravam-se totalmente
imobilizadas e seu corpo à mercê de outras mãos.
Já não enxergava mais nada, uma venda lhe cobria os olhos e
com isso abria uma possibilidade imensa de sensações. Justine então podia
sentir algo gelado percorrendo seu corpo. O cubo de gelo derretia
instantaneamente ao simples toque em sua pele. Fogo, desejo, paixão, excitação,
prazer, urros, gritos, êxtase.
Um misto de sensações tomava conta de seu corpo e ela só
pensava em mais, precisava de mais, queria mais. Então quando tudo parecia
calmo, Justine pode sentir o que mais queria: Haviam mergulhado em seu rio. E
de pronto, o rio tragou tudo que entrara nele.
Ela não conseguia descrever o que sentia e nem tinha a
necessidade disso. Não conseguia pensar em mais nada a não ser; MAIS.
Seu corpo estremecia, seus seios poderiam perfurar qualquer
coisa e seu púbis estava em chamas. Não tinha mais o domínio sobre o corpo.
Aliás, não tivera em qualquer momento naquela tarde.
Gostava disso, gostava de se sentir impotente, gostava de
estar à mercê, gostava de ser um objeto. E sabia, que mesmo submissa, também
era mestre naquela relação.
Um sorriso surgiu em seu rosto, e então, deixou-se
adormecer.
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