E com ela, leva embora toda a sujeira que estava incrustada.
Toda a sujeira incrustada nas coisas, nas pessoas, nas não coisas e nas não pessoas.
O rio de lama que desce pelas ruas, me faz lembrar tudo àquilo
que quero que seja lavado de mim.
A água da chuva que escorre pelas paredes traz em mim a memória dos meus conteúdos que insistem em ficar grudados nas paredes do meu self.
La fora a chuva cai.
E eu, aqui dentro rezo para que ela chova em mim também.
Rezo para que caia sobre mim uma chuva redentora e que essa
chuva leve embora toda a poeira que insiste em ficar alojada em mim.
La fora a chuva cai.
E eu, já não vou mais ficar aqui... Só olhando.
Inunda-me doce chuva, lava-me água cruel. Tira de mim tudo
aquilo que eu não tenho coragem de lavar sozinho.
Lá fora a chuva cai.
E eu, vou correndo ao seu encontro.
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